segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Argentina descobre irmã gêmea em programa de TV

Duas irmãs gêmeas argentinas separadas no nascimento e criadas por famílias adotivas - sem saber da existência uma da outra - se reencontraram aos 50 anos graças a um programa de TV. Mirta Santos e María Dolores Fernández cresceram em cidades afastadas, a primeira em Neuquém, Patagônia e a outra, na província de Buenos Aires. Ambas acabaram descobrindo que eram adotadas e passaram a buscar mais informações sobre sua família biológica. Mirta soube que tinha uma irmã gêmea através da mãe adotiva, que lhe contou isso pouco antes de morrer. "Eu tive filhos gêmeos e desconfiei que pudesse ter uma irmã gêmea, já que os médicos dizem que é congênito", disse Mirta à rádio Cadena 3, de Córdoba. Já María Dolores ficou sabendo que tinha uma irmã por conta própria. "Sempre suspeitei que era adotada. Um dia peguei minha certidão de nascimento e procurei as testemunhas de meu registro em cartório. Descobri que eu tinha uma irmã gêmea", disse ela. As duas acabaram se encontrando graças a aparição em um programa de TV. Mirta tinha participado de um programa, dizendo que procurava uma possível irmã gêmea. "Uma amiga da minha filha disse que viu uma mulher parecida comigo na TV. Fui atrás das imagens e quando a vi parecia que era eu mesma na tela da televisão", disse María Dolores. Na semana passada, as duas se encontraram e passaram férias com as respectivas famílias no lugar onde nasceram Mina Clavero, Córdoba. As duas contaram que já se identificaram na primeira conversa telefônica, antes mesmo do primeiro encontro pessoalmente. "Foi incrível ouvir a resposta de Mirta quando a perguntei se ela é feliz. E ela disse que sim e que não tem rancor porque foi adotada. Ao contrário, agradece aos que a adotaram. Eu também penso da mesma forma", disse María Dolores. Mirta disse que elas são "iguais na forma de pensar e nos gestos", apesar de terem sido criadas em ambientes diferentes. As duas afirmaram que o objetivo agora é conhecer sua mãe biológica, que tinha menos de 20 anos quando as entregou para adoção. Hoje, afirmaram, ela teria cerca de 70 anos. "Sabemos que a época (quando nascemos) era outra e por isso entendemos que nossa mãe deve ter tido motivos para nos entregar para adoção. Mas agora só queremos conhecê-la e poder abraçá-la", disse María. As duas disseram ainda que vivem uma etapa de "lua de mel" e que conversam "sem parar" porque têm muito assunto "para colocar em dia".

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