Clientes que costumam sacar dinheiro com muita freqüência e acabam excedendo o limite de retiradas gratuitas chegam a pagar R$ 5,00 (Banco Cooperativo Sicredi S/A) e até R$ 5,50 (Banco Cruzeiro do Sul S/A) a cada operação. Se você é daqueles que a cada passada por um caixa eletrônico saca pequenas quantias, seria bom para o seu bolso rever esse costume. Por lei, o governo obriga os bancos a oferecerem aos correntistas apenas um saque gratuito por semana. Por comodismo, desconhecimento sobre as regras ou por questão de segurança, essa é uma situação comum entre os clientes. Se mudar esse comportamento for difícil, é recomendado ao menos examinar o custo das tarifas em diferentes instituições e pacotes de serviços. De um banco para outro, a retirada de dinheiro nos terminais de auto-atendimento pode variar de R$ 1 até R$ 5,50, conforme o Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Esse valor pode ser descontado da conta sempre que o cliente exceder o limite de saques do pacote de serviços que possui. – O consumidor, em geral, não sabe qual é o contrato que tem com o banco, quais os serviços e quantos saques pode fazer por mês – alerta Maria Inês Dolci, advogada da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). Desconhecendo o que existe em seu pacote e, ainda, sem fazer o acompanhamento contínuo da movimentação da conta – só olhando o saldo, sem prestar atenção nos descontos –, o consumidor pode estar perdendo dinheiro: um estudo da Pro Teste identificou que as variações nos pacotes de tarifas de um banco para outro podem chegar até R$ 1 mil ao longo de um ano. Para escapar dos custos extras, o economista e professor Alfredo Meneghetti Neto, da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE), vê dois caminhos: adequar-se ao plano que tem ou, no caso de o cliente precisar fazer muitos saques, migrar para outro que contemple a sua necessidade. Em ambos os casos, uma pesquisa em outras instituições sempre será positiva. Como forma de regular o setor, desde abril do ano passado estão em vigor novas normas do Conselho Monetário Nacional (CMN). Entre elas, destaque para os serviços essenciais, que não podem ser cobrados – onde se inclui os quatro saques mensais para correntistas. Há também o pacote básico que é padronizado de forma a facilitar a comparação das tarifas mais comuns ao consumidor. No básico, os correntistas têm direito a oito saques por mês, mas cada banco é livre para determinar o preço de suas tarifas.
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