Os robôs formarão os exércitos do futuro e, em função de sua natureza, serão configurados para fazer o "trabalho sujo", afirmou Peter Singer, especialista em temas militares, falando no Salão de Tecnologia, Entretenimento e Design (TED, na sigla em inglês) em Long Beach, Califórnia, na quarta-feira (4). Singer afirmou que, ao mesmo tempo em que o uso de robôs nas batalhas salvará a vida do pessoal militar, também vai endurecer o caráter das guerras, porque serão usadas máquinas sem emoções, encarregadas de fazer o trabalho sujo de um soldado. O especialista afirmou também que unidades militares americanas serão metade máquinas e parte humanas até 2015. O exército dos EUA já recruta soldados usando um videogame de guerra especializado. Alguns controles de armas de verdade copiam designs de comandos de consoles de jogos populares. Além disso, aviões teleguiados e robôs portadores de bombas já são comuns nos campos de batalha. "Os Estados Unidos estão à frente da robótica militar, mas essa tecnologia não é uma vantagem exclusiva. Temos a Rússia, a China, o Paquistão e o Irã trabalhando em robôs militares", informou. "O que significará ir à guerra com soldados americanos cujo 'hardware' é fabricado na China e cujo software é fabricado na Índia?", questionou ainda o analista, membro da equipe de pesquisa militar do Instituto Brookings. Segundo o especialista, o terrorismo também poderá fazer uso dos robôs, o que levanta uma questão "preocupante". "Não é preciso convencer um robô de se explodir dizendo que ele terá 72 virgens quando morrer e chegar ao Paraíso", afirmou.
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