domingo, 25 de novembro de 2007

Mostra reune cartazes polêmicos na Bélgica

Um festival internacional reúne no centro cultural da cidade de Mons, na Bélgica, uma coleção de 140 pôsteres de caráter político, que denunciam em imagens momentos históricos e fatos polêmicos que marcaram os últimos anos. Criado em 1978, a Trienal Internacional de Pôsteres Políticos conta este ano com o trabalho de programadores gráficos de quase 50 países, incluindo os do brasileiro Paulo Moretto. “A produção contemporânea desses cartazes aborda múltiplos temas da vida em sociedade: o desarmamento, o conflito entre Oriente e Ocidente, a fome no mundo, o racismo, a Aids. Esses rabalhos são testemunhas da História imediata e traduzem o estado do mundo e as preocupações dos cidadãos”, afirma a organização do evento. Em dois pôsteres entitulados Grand Circus Brasilis, Moretto ironiza a situação político-social brasileira anunciando “um circo imaginário no qual personagens do cenário nacional transformam-se em atrações bizarras”, segundo o autor. O primeiro prêmio foi dado a um pôster criado pelo finlandês Timo Berry para a Anistia Internacional, em protesto ao assassinato da jornalista russa Ana Politovskaia, em novembro do ano passado. O segundo lugar ficou com dois trabalhos do israelense Yossi Lemel. Em United colors of beton, que pode ser traduzido para cores unidas do concreto, Lemel faz um trocadilho com o slogan da marca de roupas Benetton para criticar a construção pelo governo israelense de um muro que isola os territórios palestinos.A belga Alizée Freudenthal recebeu menção honrosa por Mulheres em perigo. Criado para a organização não-governamental de mesmo nome, o pôster alerta para o problema da violência doméstica por meio da imagem de um seio a ponto de ter o mamilo cortado por uma tesoura.

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