Toda a vez que se reproduz à palavra censura, o impacto é maior do que aquele atribuído a outras palavras. Por quê? Por que durante o período em que os militares estiveram no governo havia uma triagem prévia de quase tudo o que iria ser publicado. Muita coisa foi para o vinagre, outras para o lixo e outras podadas. Quanto a capacidade de quem exercia essa tarefa e os critérios é um assunto para ir daqui à lua e voltar, sem que se saiba quem tem razão ou não. Mas a finalidade deste post é chamar a atenção especialmente daqueles que de repente se vêem com um microfone na frente e ficam empregando termos e “enfeitando” frases sem saber o que estão falando. E aí é que sou favorável à censura, por que não dá mais para aturar algumas palavras. Exemplos: Galera, “com certeza”, adrenalina, “à nível”, e outras menos votadas que agora não me vem na memória. O modismo leva as pessoas a dizerem bobagens. Galera, com certeza e adrenalina, são termos que foram utilizados como força de expressão e se tornaram obsoletas. As pessoas que fazem uso te termos modais no sentido de dar um colorido aquilo que estão falando, acabam apenas por demonstrar falta de capacidade em se comunicar e que possuem um vocabulário restrito. Há dias atrás um sujeito postou um vídeo no Youtube cujo tema eram os Nerds, com os quais ele se identificava e utilizou o verbo”evangelizar” para expressar a sua forma de transmitir conhecimentos. Tudo bem não esta errado, mas para a maioria, o verbo lembra outras situações mais voltadas para religião, evangelho e etc. Ele quis ser diferente e acabou se tornando pedante. Assim é com adrenalina, que na verdade as pessoas a usam como forma de dar ênfase ao que esta tentando dizer e acabam cometendo uma grande papagaiada. “Com certeza” foi uma força de expressão criada por Leda Nagel, no período em que apresentava um dos jornais da Globo, para chamar a atenção a sua entrevista especial de sábado. E isso já fazem 18 anos, pois ela saiu da Globo em 1989. Prestem atenção no “a nivel”, como político gosta e não existe. Quando muito “em nível”, mas “a nível” dói no ouvido. E galera é somente um antigo barco a vela, ou uma espécie de carroça para transportar bombeiros, nada tendo a ver com com a conotação de turma, povo e etc..
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