sábado, 15 de setembro de 2007

Superestimar é falta de bom senso e mau exemplo

Eventualmente nos deparamos com atitudes que nos constrangem por colidirem com aquilo que poderíamos considerar como princípios básicos que formam o caráter do ser humano. Traduzindo: “Se eu não me valorizar, que irá?” Isso é parte de um conceito que quando coletivizado, como é o caso do Brasil, se transforma numa gigantesca imagem pela qual somos vistos pelo restante do mundo. Somos alvos de constante chacota e raramente somos levados a sério, devido a nossa postura, ao nosso comportamento, as nossas atitudes, a tudo aquilo que a grande mídia em especial reverbera. O JORNAL HOJE da Globo neste sábado 15.09, destinou o último bloco para louvaminhar, num típico gesto de “baba-ovo” composto de melindres e babaquices, a mãe de Caetano e Maria Bethânia. A pobre da velha, na ante-sala do seu centenário, se sentiu até constrangida com a “palhaçada” e declarou não entender por que tanto puxa-saquismo. E assim é a hipocrisia de certos setores da mídia que exorbitam a realidade e aterrissam no ridículo, sem levar em consideração a posição e até mesmo a responsabilidade que tem como formadores de opinião. Querer transformar “Dona Canô” como herói nacional só por que ela ainda assina cheque e conserva a mesma cozinheira há 40 anos, é dose pra mamute muito peludo. Se for assim, sou mais minha mãe que já passou dos 70 e cuida da casa sozinha. Aliás, e eu sou chegado num aliás, sou sempre mais minha mãe.

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