sábado, 18 de fevereiro de 2012

Chip implantado no corpo permite tratar a osteoporose à distância

Um teste clínico mostrou pela primeira vez que é possível controlar remotamente um chip implantado no corpo para liberar doses de medicação e, neste caso, para tratar a osteoporose nas mulheres. Esta técnica poderá ser aplicada para tratar de forma mais eficaz outras doenças como o câncer, segundo os pesquisadores. A pesquisa foi publicada na revista Science Translational Medicine e também será apresentada na conferência anual da Sociedade Americana para a Promoção da Ciência, AAAS, que reune 8.000 pesquisadores em Vancouver, Canadá entre 16 e vai até o dia 20 de fevereiro. "Os doentes não vão precisar se lembrar de tomar o medicamento ou sofrer com as várias injeções necessárias para tratar a osteoporose", explicou o Dr. Robert Farra, da MicroCHIPS, de Massachusetts, EUA, que desenvolveu este chip. Farra é um dos coautores do projeto com outros pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), da faculdade de medicina de Harvard e da Universidade Case Western Reserve, de Ohio. A maior parte dos chips pré-programados, liberam lentamente pequenas doses de medicamento por certo período, este novo chip libera o tratamento graças a um controle remoto sem fio. "Este sistema permite liberar um medicamento no sangue rapidamente como uma injeção", explicou o Dr. Farra. "A medicação poderá ser ajustada à distância e, suavemente, o tratamento dos pacientes será feito por meio de um computador ou celular", acrescentou. Os autores do estudo disseram que este novo chip do tamanho de um marcapasso cardíaco, poderá ser mais satisfatório e, talvez, menos dispendioso em longo prazo, do que as injeções diárias de medicamentos. O estudo foi realizado na Dinamarca com um grupo de sete mulheres de 65 a 70 anos com osteoporose e procedimento pode ser realizado por um clínico geral em seu consultório com apenas anestesia local. O chip é implantado logo abaixo da cintura.

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