Aquele que é possivelmente um autorretrato nunca terminado pelo mestre da pintura holandês Rembrandt, que viveu entre 1606 e 1669, foi descoberto através de técnicas científicas avançadas escondido sob uma camada de tinta de outra pintura. Embora o rosto não tenha sido captado com detalhes, os especialistas afirmam que ele se parece com uma gravura de 1633 que representaria o pintor, segundo a inscrição contida nela. A "obra perdida" foi descoberta sob a pintura Velho com Barba, através do uso de um equipamento de raio-X capaz de detectar pigmentos escondidos sob camadas de tinta. A identificação foi feita por meio de um mapeamento utilizando luz fluorescente no Laboratório Nacional de Brookhaven, em Nova York, e no centro de pesquisas ESFR de Grenoble, na França. O especialista Ernst van de Wetering, diretor do projeto Rembrandt, disse estar convencido da autenticidade do autorretrato, por causa das similaridades com o estilo do mestre holandês verificado em obras datadas dos anos 1630. O coordenador da identificação, Koen Janssens, da Universidade da Antuérpia, na Bélgica, disse que o retrato está sendo considerado como uma obra da fase inicial de Rembrandt. "Por isso documenta um pouco melhor a maneira como ele trabalhava em seu ateliê", afirmou. Ele disse que a descoberta é animadora e pode revelar mais sobre o processo criativo de Rembrandt. "Quantos projetos ele começou e não terminou? Quantos ainda existem que ele mudou de ideia e recomeçou?", questionou.
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