Os galãs e estrelas de cinema podem até habitar o imaginário humano como pares perfeitos, mas segundo um estudo britânico certamente estariam bem distante de uma parceria ideal. A pesquisa, desenvolvida por cientistas da Universidade de Edimburgo e publicada no periódico Economics & Human Biology, sugere que pessoas de traços faciais simétricos, consideradas mais atraentes, tendem a ser egoístas por acreditarem em sua autossuficiência. O levantamento, apresentado em uma reunião de vencedores do Nobel, em Lindau, na Alemanha, foi baseado no Dilema do Prisioneiro, um conhecido jogo da psicologia onde duas pessoas precisam decidir, isoladamente, se irão cooperar em determinada situação ou se irão trair o outro jogador em troca de alguma recompensa. Após analisar os traços faciais de cada um dos 292 voluntários, e cruzar os resultados da experiência, cientistas chegaram à conclusão de que pessoas com rostos simétricos são menos propensas a ajudar ou a esperar o auxílio. A explicação está na evolução. Em nível subconsciente, afirmam os acadêmicos, o homem enxerga atributos físicos simétricos como sinal de saúde, o que faz com que indivíduos dotados dessas características sejam considerados mais atraentes pela sociedade. Estudos anteriores sugerem que pessoas com rostos simétricos sofrem menos de doenças congênitas e encontram melhores parceiros para a reprodução. A conseqüência garantem os cientistas, está no comportamento dos indivíduos, que se sentem mais autossuficientes e menos dependentes da ajuda alheia. Os envolvidos na pesquisa, contudo, pedem cautela e afirmam que a conclusão do estudo não pode ser encarada de forma superficial. O que eles querem dizer com o alerta é que não se deve generalizar os resultados e associar o egoísmo a todas as pessoas consideradas atraentes.
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