sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tráfico internacional de armas abastecia o Complexo do Alemão

Um relatório oficial e detalhado das forças de segurança que atuaram no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro revela que, das 289 armas apreendidas nestas localidades, 172 delas (60% do total) são de uso restrito de militares e policiais. O documento aponta que 222 (77%) são de fabricação estrangeira. A maioria do armamento, 160 unidades (56%), é composta de fuzis ou metralhadoras. Do total apreendido, 20 armas (7%) pertenciam a forças armadas estrangeiras: 14 da Bolívia, três da Argentina, duas do Paraguai e uma da Venezuela. Outras quatro têm como procedência o Exército brasileiro, quatro são identificadas como pertencentes ao governo do Brasil, duas da PM do Rio e uma da Polícia Civil. O relatório chegou às mãos do deputado Francisco Francischini (PSDB-PR), que é delegado da Polícia Federal e leu trechos do documento na reunião de ontem da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. O parlamentar afirmou que o levantamento comprova a presença do tráfico internacional de armas no Brasil e, para ele, desmente estatísticas e a argumentação de que a campanha do desarmamento resolve o problema da circulação de armas no país: “A campanha de desarmamento não resolve o problema do tráfico internacional. Não atinge essas armas”. Para Francischini, há duas ações possíveis para o governo apreender o armamento estrangeiro: aumentar o orçamento e ampliar a vigilância nas fronteiras e incluir na campanha do desarmamento gratificação para policiais civis, militares, federais e municipais que recolherem o armamento importado. “Isso diminui a corrupção e vai estimular o policial. O governo estará pagando por produtividade” completou. A Comissão de Segurança Pública realizou na quinta-feira audiência pública com entidades para discutir o desarmamento. O coordenador do programa de controle de armas do Movimento Viva Rio, Antônio Rangel, disse que o contrabando não é o principal abastecedor das ações criminosas: “Entre 7% e 10% das armas apreendidas no Brasil são estrangeiras. Vamos acabar com esse mito de que o que nos atinge são armas estrangeiras". O dirigente do Viva Rio citou o massacre ocorrido em Realengo como o exemplo de que são brasileiras as armas de usadas pela criminalidade. Os dois revólveres utilizados por Wellington Menezes foram fabricados no Brasil.
PITACO:
Seria interessante que alguem perguntasse a esse senhor da ONG Viva Rio, quantos barbarismos desses aconteceu no Brasil. Foi uma comparação muito infeliz.

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