Um britânico que sofre de uma doença degenerativa motora está fazendo um "banco de voz" para poder se comunicar com o próprio filho caso venha a perder a fala no futuro. Laurence Brewer, 43, é o primeiro paciente na Grã-Bretanha a usar a solução, possibilitada por um software sintetizador de voz utilizado nos Estados Unidos. O programa requer que ele grave 1,6 mil frases, que são automaticamente desconstruídas pelo programa e arquivadas para formar novas orações. "Algumas frases fazem você rir de tão estranhas", disse Brewer, cuja história vai ao ar nesta segunda-feira no programa Inside Out North West. Ele cita como exemplo a frase "my seat isn't working" , algo como "meu assento não está funcionando". "Alguns são trava-línguas, que fazem você se perguntar 'como vou ler isso'?", diverte-se o pai de família. Hoje em dia, pacientes com disfunção neuromotora que perdem a voz têm a opção de "falar" através de programas que utilizam voz sintetizada pré-gravadas. A diferença é que o programa utilizado por Brewer permite a utilização da sua própria fala. O pai de família quer que o filho Stan, hoje com 13 meses de idade, possa escutar a voz do pai, se no futuro a doença destruir a sua capacidade de fala. O processo é trabalhoso, mas Brewer acredita que o esforço vale a pena. "Eu não faria isso se não fosse por Stan", diz. "(Essa voz) se tornará parte de minha identidade cultural no futuro."
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