segunda-feira, 7 de março de 2011

Britânico com doença degenerativa faz 'banco de voz' para falar com filho no futuro

Um britânico que sofre de uma doença degenerativa motora está fazendo um "banco de voz" para poder se comunicar com o próprio filho caso venha a perder a fala no futuro. Laurence Brewer, 43, é o primeiro paciente na Grã-Bretanha a usar a solução, possibilitada por um software sintetizador de voz utilizado nos Estados Unidos. O programa requer que ele grave 1,6 mil frases, que são automaticamente desconstruídas pelo programa e arquivadas para formar novas orações. "Algumas frases fazem você rir de tão estranhas", disse Brewer, cuja história vai ao ar nesta segunda-feira no programa Inside Out North West. Ele cita como exemplo a frase "my seat isn't working" , algo como "meu assento não está funcionando". "Alguns são trava-línguas, que fazem você se perguntar 'como vou ler isso'?", diverte-se o pai de família. Hoje em dia, pacientes com disfunção neuromotora que perdem a voz têm a opção de "falar" através de programas que utilizam voz sintetizada pré-gravadas. A diferença é que o programa utilizado por Brewer permite a utilização da sua própria fala. O pai de família quer que o filho Stan, hoje com 13 meses de idade, possa escutar a voz do pai, se no futuro a doença destruir a sua capacidade de fala. O processo é trabalhoso, mas Brewer acredita que o esforço vale a pena. "Eu não faria isso se não fosse por Stan", diz. "(Essa voz) se tornará parte de minha identidade cultural no futuro."

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