Um prisioneiro americano condenado à morte foi executado nesta quinta-feira no Estado de Oklahoma com um coquetel de drogas que incluía um sedativo tipicamente usado para sacrificar animais. John David Duty, de 58 anos, é o primeiro preso americano a ser executado com o uso do sedativo pentobarbital. A escassez nos Estados Unidos de sódio tiopental, droga comumente usada no coquetel letal, levou as autoridades de Oklahoma a fazerem a mudança. Uma decisão da Justiça para permitir o Estado a substituir o sódio tiopental por pentobarbital foi confirmada por uma corte federal de apelos nesta semana. Duty, que assassinou um companheiro de cela em 2001, foi declarado morto às 18h18 (22h18 de Brasília) na penitenciária estadual de Oklahoma. Os advogados do prisioneiro e de dois outros condenados à morte argumentavam que o uso de pentobarbital seria desumano e que os presos poderiam ficar conscientes, mas paralisados, durante a aplicação do coquetel de drogas. “Ninguém que foi executado pôde retornar para testemunhar sobre como se sentiu”, afirmou o advogado Jim Rowan, membro da Coalizão do Oklahoma para a Abolição da Pena de Morte. A Califórnia, o Arkansas, o Tennessee e Maryland já adiaram execuções por causa dos problemas com as drogas usadas nos coquetéis letais. Vários dos 35 Estados americanos que têm pena de morte por injeção letal estão buscando alternativas ao sódio tiopental após a Hospira, único fabricante da droga nos Estados Unidos, ter anunciado que o próximo lote do produto somente estará disponível em 2011.
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