terça-feira, 23 de novembro de 2010

Meninas canadenses dividem o mesmo cérebro para ver, ouvir e etc

As gêmeas Krista e Tatiana, de 4 anos, tem corpos distintos mas compartilham o mesmo cérebro. E para surpresa de médicos do mundo todo, as meninas conseguem ver através dos olhos uma da outra e "ouvir" os pensamentos da mesma forma. Isso porque a parte do cérebro que envia as sensações físicas e motoras é a mesma para ambas. Desde que nasceram as garotas siamesas recebem cuidados médicos constantes. Segundo o neurocirurgião pediátrico que cuida delas, Doug Cochrane, uma gêmea pode ver o que a outra vê porque recebe os impulsos eletrônicos da retina da gêmea oposta. A mãe das garotas, Felicia Simms, disse ao jornal britânico Daily Mail que quando uma delas se machuca, a outra pode sentir também. “Se dou bronca em uma, a outra chora”, afirmou a mulher. Para a mãe, é incrível ver como as meninas agem. “Na hora de brincar, uma delas pode pegar um objeto sem saber onde ele estava porque a outra menina já tinha visto. É impressionante”, contou a mulher. Ela soube que as gêmeas eram siamesas aos 5 meses de gravidez. “Daquele momento em diante, prometi que daria o meu melhor a elas”, afirmou Felícia. O parto de Krista e Tatiana foi uma cesárea e juntas elas pesavam pouco mais de 3 quilos. A mãe das garotas, que também tem mais três filhos, contou ao jornal que já chegou a receber mensagens de ódio desde que as gêmeas nasceram. “Eram cartas anônimas que diziam que eu não deveria ter dado à luz a elas. Nunca liguei muito para isso.” Apesar da condição, as meninas têm uma vida saudável, mas precisam de alguns objetos adaptados para elas. O carrinho, por exemplo, tem o assento mais largo para que as duas possam sentar juntas. Segundo a mãe, Krista é mais “mandona”, enquanto Tatiana é descontraída. A situação das meninas é muito rara, somente oito casos de siameses que se juntam pelo cérebro foram documentados até hoje – deles, apenas três sobreviveram ao parto. Separá-las está fora de cogitação: qualquer tentativa de dividir o cérebro pode ser fatal para uma delas ou para ambas. VEJA VÍDEO

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