Ao menos mil pênis são amputados por ano no Brasil em razão do câncer, revela levantamento da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), com base nos dados do DataSUS. A entidade iniciou ontem uma campanha de esclarecimento sobre a doença e a importância de o homem visitar um urologista em todas as fases da vida. Apesar de a maioria dos casos de tumor peniano se concentrar em São Paulo (24,26%), os especialistas dizem que muitas das vítimas vêm das regiões Norte e Nordeste, que juntas respondem por mais de 50% dos registros. "Há mais casos em São Paulo por causa da migração e da facilidade de registro de doença aqui", diz o urologista Marcelo Wroclawski, do hospital Albert Einstein. As principais causas são pela ordem, a falta de higiene, presença de fimose ou prepúcio em excesso e de 30 a 50 por cento do câncer está associado ao HPV. Os principais sintomas são ferimentos que não cicatrizam mesmo após tratamento, caroços que não desaparecem, tem secreção e mau cheiro, vermelhidão e coceira na glande além de ínguas na virilha. Principal forma de prevenir é a higiene constante, principalmente após manter relações. A doença, que soma 2% dos tumores em homens, atinge os que têm mais de 40 anos (81,6%), brancos, de baixa renda e não circuncidados. "É uma doença que não precisaria existir, uma das mais evitáveis do mundo. Ela praticamente não ocorre nos EUA e na Europa. Nossos números estão compatíveis com os de países da África. É uma vergonha", afirma o urologista Aguinaldo Nardi, coordenador de campanhas públicas da SBU. Segundo ele, há poucos estudos no mundo sobre o câncer de pênis, sobretudo porque os países que realizam mais pesquisas registram raríssimos casos da doença. Zico, atualmente treinador do CSKA de Moscou, emprestou sua imagem para ser usada na "Campanha Nacional de Esclarecimento sobre o Câncer de Pênis",
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