quinta-feira, 9 de julho de 2009

Japoneses aderem a escambo para driblar crise

Compartilhar, trocar e emprestar parecem ser as novas palavras de ordem entre os japoneses para driblar a crise econômica no país. O chamado sharing ("compartilhamento"), promovido por sites, empresas e organizações sociais, está ganhando cada vez mais adeptos no país. Um deles é a vendedora de seguros Tomoko Ozawa, que há sete meses descobriu o site ShareMo, que promove gratuitamente a troca ou simplesmente o empréstimo de objetos. Desde então, Tomoko já tomou emprestado mais de 40 objetos e despachou outros 50 itens pessoais para pessoas desconhecidas. "Se tivesse comprado tudo o que peguei, teria gasto pelo menos 500 dólares", contabiliza a japonesa, que agora conta com objetos de decoração, revistas e acessórios, entre outros itens. Para divulgar e difundir o conceito, um grupo de empresários criou há cerca de oito meses a organização sem fins lucrativos Sharing Times, com sede em Tóquio. "O sharing é um conceito renovado, na verdade", explicou à imprensa o presidente do grupo, Kazuo Nakane. Segundo ele, antigamente, o compartilhamento de bens era uma coisa comum no Japão. "As pessoas usavam banhos públicos, faziam as refeições juntos e se ajudavam mutuamente. Depois da Segunda Guerra, o dinheiro passou a ser mais importante e isso acabou com o sistema de sharing", completa. Por causa dos atuais problemas de aquecimento global e também da crise econômica, Nakane conta que houve uma brecha para divulgar mais amplamente o conceito do sharing e ele tem sido bem aceito pela população. "Ao compartilhar bens você evita o desperdício e economiza", diz.

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