quarta-feira, 1 de julho de 2009

DNA ajuda a recriar cor das penas de ave gigante extinta

Um método engenhoso permitiu que pesquisadores reconstruíssem a plumagem de algumas espécies de moas, aves gigantes que desapareceram da Nova Zelândia e chegavam a atingir mais de 3 m de altura. O mais engraçado é que os bichos provavelmente eram rajadinhos, mais ou menos como uma codorna de hoje, seria um codornão, para ser mais exato. A pesquisa liderada por Nicolas J. Rawlence, da Universidade de Adelaide (Austrália), está na revista científica britânica "Proceedings of the Royal Society B". Rawlence e companhia descobriram que é possível obter DNA das penas dos moas, achadas em sítios paleontológicos e arqueológicos neozelandeses. Como os moas foram extintos há apenas 700 anos, provavelmente por causa da caça praticada pelas tribos maoris, é comum achar as penas das aves gigantes. O DNA das penas permitiu que os pesquisadores associassem os restos a várias espécies diferentes de moas, cujo material genético já havia sido identificado em ocasiões anteriores. Sabendo a que espécie pertencia cada tipo de pena, veio a segunda etapa: saber como a cor delas tinha se alterado ao longo do tempo. A sorte dos especialistas é que uma espécie ainda existente de periquito tinha suas penas encontradas com freqüência junto as dos moas. Graças a isso, eles criaram uma escala de esmaecimento ou seja, uma forma de mostrar como as cores das penas vão desbotando com o passar do tempo. A partir dai, os especialistas reconstruíram com bom grau de precisão o que pode ser as cores originais das penas dos moas. Eles acreditam que a coloração rajada era uma forma de clamufagem contra o principal predador dos bichos, a enorme águia-de-haast, uma ave de rapina cuja envergadura das asas ultrapassava os 3 metros.

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