sexta-feira, 26 de junho de 2009

Finalmente cientistas conseguem desvendar mistério de sapos sem perna

Cientistas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha anunciaram ter conseguido solucionar um dos mais intrigantes assuntos ambientais da última década: o curioso caso dos sapos sem pernas. Em todo o mundo, os especialistas vinham observando vários espécimes deformados, o que os levou a acreditar que o problema estava sendo provocado por substâncias químicas poluentes. Mas testes realizados em sapos revelaram que a causa é mais natural do que se pensava: os animais são vítimas dos hábitos predatórios das larvas de libélula, que comem as pernas de girinos, forma de vida que dá origem ao sapo adulto. Segundo os cientistas, a larva "agarra" o girino e começa a mastigar uma de suas patas traseiras até arrancá-la. "Muitas vezes, o girino é solto e consegue fugir", afirmou Brandon Ballengee, da Universidade de Plymouth. "Quando ele sobrevive, vai se metamorfosear em um sapo sem pernas ou com pernas deformadas, dependendo do estágio de desenvolvimento do girino quando é pego pela larva", acrescentou. Segundo o cientista, se o girino é atacado quando é muito jovem, ele geralmente consegue regenerar a perna perdida. Mas essa habilidade diminui de acordo com a idade conforme ficou comprovado em laboratório, quando os pesquisadores amputaram as patas traseiras de alguns girinos. Os pesquisadores explicam ainda que as larvas de libélula têm uma preferência apenas pelas patas traseiras porque esse é o local onde por último se instalam glândulas venenosas que o girino desenvolve. Além dos sapos sem pernas ou com pernas deformadas, os cientistas descobriram os motivos de alguns animais também apresentarem membros a mais. Segundo Stanley Sessions, professor de biologia do Hartwick College, em Oneonta, no Estado americano de Nova York, e autor do estudo ao lado de Ballengee, muitos girinos são infectados por pequenos vermes parasitas que "rearranjam" fisicamente as células das patas traseiras e interferem em seu desenvolvimento. "Algumas vezes, esses parasitas também provocam a falta de membros", afirmou Sessions. "Os sapos deformados se tornaram um dos mais debatidos assuntos ambientais de todos os tempos", acrescentou o cientista. "De um lado, pesquisadores defendiam a teoria de parasitas, e de outro, a 'turma dos químicos', como eu gosto de chamá-los." Sessions admite, no entanto, que não descarta completamente a hipótese de que substâncias poluentes sejam responsáveis por algumas anomalias nos sapos.

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