segunda-feira, 11 de maio de 2009

Jornalista americana presa por espionagem é libertada no Irã

A jornalista Roxana Saberi, condenada por espionagem no Irã e presa desde janeiro de 2009, foi libertada nesta segunda-feira de uma prisão do país, depois de a Justiça ter decidido reduzir sua sentença. Saberi ex-Miss Dakota do Norte em 1997, que tem nacionalidades iraniana e americana, tinha sido sentenciada a oito anos de prisão em abril. Ela alega ser inocente. A sentença de prisão foi mudada de oito anos para uma sentença em suspenso de dois anos, que ela deve cumprir em liberdade. Saberi, de 31 anos, poderá deixar o país, mas foi proibida de trabalhar como jornalista no Irã durante oito anos. A Justiça iraniana analisou o recurso da jornalista no domingo numa audiência que durou cinco horas. Na audiência, os advogados da jornalista apresentaram com detalhes o caso, que foi analisado por três juízes. O primeiro julgamento, no qual ela foi condenada a oito anos, durou apenas uma hora e foi realizado a portas fechadas, de acordo com Leyne. O caso da jornalista gerou repercussão internacional, e o presidente americano, Barack Obama, chegou a afirmar que estava "profundamente decepcionado" com a sentença imposta à jornalista. O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad também interveio no caso e disse que Saberi tinha o direito de se defender. Roxana Saberi já passou seis anos no Irã estudando e escrevendo um livro. Como jornalista, ela chegou a trabalhar para a BBC e também contribuiu para a NPR, a rede pública de rádio dos Estados Unidos, e para o canal de TV americano Fox News. Originalmente, Saberi foi detida por ter comprado uma garrafa de vinho, considerado crime mais leve, e depois, por trabalhar como jornalista sem uma credencial válida. No dia 8 de abril ela foi acusada de espionagem e, dez dias depois, julgada e condenada a oito anos de prisão por este crime. No dia 20 de abril, ela iniciou uma greve de fome que durou duas semanas. "Ela tem o direito de deixar o Irã imadiatamente" declarou o advogado de direitos humanos Saleh Nikbakht.

Um comentário:

Anônimo disse...

Jornalista, miss e bonita, o que é que ela tinha que se enfiar lá naquele atraso de vida?