terça-feira, 5 de maio de 2009

Estudo liga criatividade a doenças mentais

À primeira vista, Einstein, Salvador Dalí, Tony Hancock, e Beach Boy Brian Wilson, parecem ter muito pouco ou quase nada em comum. Suas áreas que são física, arte moderna, comédia e música, estão anos luz distantes. Então, o que poderia eventualmente se assemelhar em suas mentes, já que um deu ao mundo a teoria da relatividade, outro a grande arte surrealista, o terceiro a comédia e o último canções sobre surf? Segundo uma pesquisa recente a resposta é: a psicose. Isso mesmo, a primeira vista pode parecer estranho mas, estudos revelaram que mentes criativas em todos os tipos de áreas, que vão da ciência à poesia, do humor à matemática, podem ter traços associados à psicose. Pensamentos bizarros e idéias inusitadas podem ter nas doenças mentais o combustível necessário para desencadear a criatividade. A teoria tem como base de que não existe uma linha divisória clara entre quem é saudável e quem é doente mental. Pelo contrário, algumas pessoas com traços psicóticas não possuem sintomas debilitantes. As doenças mentais existem há milhares de anos e isso leva a crer que elas possuam algum tipo de vantagem para terem sobrevivido. Se elas fossem totalmente maléficas, a seleção natural já as teria eliminado a muito tempo, diz o estudo. A ansiedade, por exemplo, pode ser uma doença mental grave mas no entanto vem tendo sobrevida dado a pouca importancia da sua classificação clínica. Gordon Claridge professor emérito de psicologia na Universidade de Oxford, declarou a revista especializada Personality and Individual Differences que: “ Existe atualmente um sentimento de que as doenças mentais tem sobrevivido por que possuem um alto poder adaptativo. Existe bastante flexibilidade e muitas pessoas são classificadas como alguém ‘levemente’ maníaco-depressivo ou mesmo ‘razoavelmente’ esquizofrênico. O preço pago por essas caracterizações é o de que muitos acabam realmente doentes mentais. Complementando, o estudo mostra que a maioria dos humoristas são depressivos e que o mecanismo do humor funciona como uma espécie de enfrentamento a doença. E por último diagnostica que Salvador Dali não era apenas um grande artista, ele também preenchia diagnósticos tais como pisicose, depressão, esquizofrenia, paranóia, histrionice, narcisismo e bipolaridade. Carol Murphy da National University of Ireland que participou dos estudos disse: “Sem essas características psicóticas, certamente Dali não poderia ter criado a grande arte que conhecemos.”

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