Os uruguaios são os que mais consomem carne no mundo. Para prevenir doenças, eles tomam bastante vinho. Um dos principais é feito de Tannat, uma uva típica do país, que combate o envelhecimento. A Tannat é a estrela da vinicultura uruguaia. Trazida pelo imigrante basco Pascual Harriague, no final do século XIX, essa casta de uva tinta, originária do sudoeste da França (lá a Tannat da origem ao Madiran), se adaptou muito bem ao solo e temperatura uruguaios. Como o próprio nome diz, a Tannat é rica em taninos, os componentes do vinho responsáveis pelas sensações de amargor e secura na boca, durante a degustação. A dominação dos taninos é a maior batalha dos enólogos na elaboração do vinho. Para se ter um vinho fino e elegante com essas uvas, é imprescindível que ele envelheça, em barris de carvalho, em média por 20 meses. O resultado é um vinho com aroma de ameixas pretas secas, baunilha e frutas maduras, ideal para acompanhar carnes, pratos com sabor acentuado, queijos fortes e massas com molhos fortes. No Brasil, essa casta está sendo cultivada na região da Serra Gaúcha e na Campanha, e é usada em mais de 10 marcas conhecidas de vinhos. Embora possa atuar sozinha, produzindo um tinto encorpado, a Tannat pode ser misturada com a Merlot, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon. O programa Globo Repórter nesta sexta feira, 08, focalizou em um dos blocos Montevidéo e suas parrijadas regadas a um bom vinho de uva Tannat. VEJA VÍDEO
Um comentário:
Olá Marcondes,
Não conhecia o seu blog e tive acesso a ele pela busca do vídeo sobre a uva Tannat e o Uruguai.
Parabéns pela qualidade, variedade de informações, bom gosto e profissionalismo.
Sou, dentre outras coisas, gestora gastronomica e em 19 de abril desenvolvi uma receita tendo como base tanto a carne como este vinho, para publicação em minha coluna jornalistica. Trata-se do "CONTRA-FILÉ MARINADO EM TANNAT E PÉTALAS DE CEBOLAS E LEGUMES"
A ousadia da alquimia consiste na marinada da peça de carne com o Tannat e harmonizá-lo com os demais ingredientes, ficou perfeito. Só para equilibrar e dar um charme agridoce, foram servidos na degustação uma bananinha muito simples que apuro seu sabor e aromas naturais por 2 minutos em microondas (com a própria casca e mantendo a haste de sustentação) onde foi cozida sem contato direto com o oxigênio, e uma salada verde pulverizada por linhaça.
Convido-o a acessar o meu
http://gestaogastronomica.blogspot.com e conhecer esta e outras receitas.
Grande abraço e muito obrigada.
Sorte, saúde e sucesso sempre!
Shirley Santos
Postar um comentário