quarta-feira, 13 de maio de 2009

Após 22 anos no corredor da morte americano é inocentado pelo DNA

O americano Paul House foi inocentado dos crimes de estupro e assassinato, 22 anos depois de ter sido condenado à morte no Estado americano do Tennessee. Nesta terça-feira, 12 a promotoria do Estado suspendeu as acusações contra House depois que a Suprema Corte americana questionou, em 2006, as provas que o levaram à condenação. Por cinco votos a quatro, a Corte decidiu, na ocasião, que House tinha direito a uma nova audiência, e novos testes de DNA e o depoimento de novas testemunhas mostraram que outra pessoa seria responsável pelo crime. O suspeito foi liberado em 2008, para aguardar a nova audiência em liberdade. A decisão da promotoria nesta terça inocentou House por completo das acusações. House, que sofre de esclerose múltipla e usa uma cadeira de rodas, estava cumprindo pena em liberdade condicional por um crime de natureza sexual em 1985, quando a dona de casa Carolyn Muncey foi assassinada. Ela era casada com um amigo de House e foi encontrada morta, depois de ter sido estuprada. Na ocasião, House mentiu sobre seu álibi, afirmando que estava em casa na hora do crime. A perícia ainda encontrou amostras do sangue da vítima na calça do suspeito, mas depois concluiu-se que a contaminação poderia ter ocorrido no próprio laboratório da polícia. Os novos exames de DNA mostraram que o sêmen encontrado na calcinha da vítima era, na verdade, do marido dela. O sangue sob as unhas da vítima e as pontas de cigarro encontradas perto do local do crime também não pertenciam ao acusado. Segundo o Innocence Project, uma organização ligada à Yeshiva University em Nova York que tenta isentar de culpa prisioneiros condenados erroneamente com base em novas provas de DNA, o caso "é uma lembrança profunda de que nosso sistema de Justiça precisa dar a todas as pessoas todas as oportunidades razoáveis para provar sua inocência". O Innocence Project prestou assessoria à defesa de Paul House nas questões relacionadas a provas de DNA. Segundo a imprensa americana, o caso pode abrir precedentes para outros prisioneiros que questionam as provas que os levaram às suas condenações.

Nenhum comentário: