Vai bem à convivência entre a indústria eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. Uma prova veio na semana passada quando a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. A idéia de um laptop revestido de bambu ganhou corpo através taiwanesa Asus. Ele se chama Eco Book e é revestido com tiras dessa planta. Computadores "limpos" fazem uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. "Com a crise mundial, a busca por equipamentos que preservem o meio ambiente será bastante forte", diz Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale do Silício. Hancock acredita que as tecnologias "verdes" também conquistarão espaço por contar pontos junto ao consumidor e mostrar uma imagem de empresa sustentável. O estudo da Comunidade do Vale do Silício chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, que também se rendeu ao "ecologicamente correto" - ele era duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no cartucho - o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador.
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