O único lugar do mundo livre da ocorrência de um terremoto é o deserto do Saara, na África, segundo o chefe do Departamento Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), George Sand de França. Em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional, França aproveitou para dar a definição de técnica de terremoto, que é o movimento entre dois blocos que estão sob pressão. “Esse movimento acontece onde há fraturas e a maioria delas é entre placas tectônicas, que são blocos, e quando essa pressão quebra a resistência dela (da placa) acontece o terremoto e gera esses abalos sísmicos violentos”, explica. Segundo o pesquisador, a grande maioria dos tremores, 99%, ocorre nas bordas das placas tectônicas e o restante no interior das placas. O maior terremoto registrado até hoje foi, em 1960, no Chile, e atingiu 9.5 pontos na escala de Richter. A escala mede a intensidade dos terremotos, que vai até os 10 pontos. França disse, ainda, que a zona da Terra onde há maior atividade sísmica é localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, que engloba toda a costa do Oceano Pacífico, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos até a costa oeste sul-americana. Ele lembrou que, no Brasil, a região Nordeste é onde há mais registros de abalos sísmicos. As cidades de Sobral (CE) e João Cândido (RN) são os locais onde foram registrados tremores de terra. Outro local onde também há registro de tremores é na cidade de Porto Gaúcho (MT). Outro episódio citado pelo pesquisador foi a cidade de Januária (MG), que ocorreu no fim de 2007. Com o terremoto, algumas casas foram atingidas e uma criança morreu. “É o primeiro caso que a gente vê que está ocorrendo atividade sísmica freqüente”, disse. França afirmou ainda que, na história da Itália, há vários registros de terremotos, mas que não se esperava um tremor de tamanha magnitude, como foi o caso dos abalos que atingiram a cidade Áquila, de intensidade 5.8 na escala Richter.
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