A Organização Mundial da Saúde (OMS) cedeu na quinta-feira à pressão de frigoríficos e governos e anunciou que a partir de agora vai se referir ao novo e letal vírus da gripe como "influenza A (H1N1)", e não mais como "gripe suína". A mudança foi divulgada em nota publicada no site em inglês da entidade (www.who.int/en/). A nova cepa já contaminou 257 pessoas, segundo a entidade. A OMS confirmou oito mortes, embora haja suspeitas de que muito mais pessoas tenham morrido devido ao vírus. O A (H1N1) deriva de um vírus da gripe suína, mas até agora só foi encontrado em pessoas, e nunca em porcos. A maior parte do seu sequenciamento genético está ligado à gripe suína, mas ele também contém pequenas quantidades de material genético de vírus das gripes humana e aviária. A OMS tem reiterado nos últimos dias que não há como contrair a doença consumindo carne de porco preparada de modo adequado. "Tampouco há risco de infecção pelo vírus a partir do consumo de carne de porco e seus derivados que tenham sido bem cozidos", insistiu a OMS em seu site na quinta-feira. O nome da gripe levou vários países a proibirem a importação de porcos do México e dos EUA, países onde o surto começou. O Egito chegou a determinar o abate de todo o rebanho suíno. Governos e indústrias alimentícias dos EUA e Europa têm defendido que o nome da doença seja mudado, para que as pessoas não a vinculem aos porcos. A designação "Influenza A (H1N1)" se refere a uma família de cepas da gripe, incluindo uma das cepas sazonais atuais e a cepa que provocou a pandemia de 1918 (dita "gripe espanhola"), que matou pelo menos 40 milhões de pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário