A barata tem sobrevivido a todas as civilizações conhecidas pelo homem e estima-se que seria talvez um dos poucos animais a existir após uma guerra nuclear. O tamanho reduzido e o corpo achatado permitem que elas se escondam em pequenas frestas, protegendo-se da radiação da bomba. Outra vantagem das baratas é a alimentação diversificada, inclusive ingerindo cadáveres de outros exemplares da mesma espécie. Sem falar que elas têm alto potencial reprodutivo e uma origem estimada em 320 milhões de anos. Assim sendo bioengenheiros indianos estão considerando o inseto uma verdadeira esperança para a humanidade. Ela esta servindo de modelo para o desenvolvimento de um coração artificial muito mais eficiente e de menor custo com relação aos que estão atualmente em uso. O segredo de tudo esta em a barata possuir 13 câmaras para o bombeamento do sangue enquanto os seres humanos tem apenas quatro. Quando uma dessas câmaras deixa de funcionar as três restantes não conseguem realizar a tarefa de bombeamento e então se registram as conhecidas paradas cardíacas. A barata ao contrário se uma ou duas pararem o sistema segue funcionando sem grandes problemas. A equipe chefiada pelo professor Sujoy Guha diretor do Instituto Indiano de Tecnologia (ITT), em Bengala, esta a três anos desenvolvendo um coração artificial usando peças de metal e plástico. Alguns protótipos estão sendo testados em sapos e em maio próximo, será implantado numa cabra. A nova versão esta sendo encarada como um passo a frente dos tipos comerciais existentes, em que uma única câmara é utilizada para o bombeamento do sangue. Para o professor Guha ainda deverá levar um ano para que o novo coração artificial seja testado em humanos. O preço final deverá ficar em torno de 100 mil rúpias, algo como 2 mil dólares, ou menos de 5 mil reais, 30 vezes menos que os mais baratos disponíveis hoje no mercado.
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