Dois satélites de comunicação, um da Rússia e outro dos Estados Unidos, colidiram no espaço na última terça-feira, segundo informações divulgadas pela Nasa. A colisão ocorreu a cerca de 780 km acima do território da Sibéria, na Rússia, e é a primeira já registrada entre satélites. Um dos equipamentos pertencia à companhia americana Iridium, e orbitava em alta velocidade quando bateu em um satélite russo desativado. Segundo a Nasa, o impacto produziu uma gigantesca "nuvem" de escombros, que poderiam atingir e até destruir outros satélites. Mas, de acordo com a agência americana, o risco para a Estação Espacial Internacional e seus três astronautas é pequeno, já que ela orbita a Terra a uma distância de 435 km abaixo da rota da colisão. O acidente também não deve interferir nos planos da agência de lançar um ônibus espacial no final de fevereiro. O satélite russo que estaria desativado foi lançado em 1993 e pesava 950 kg, enquanto o Iridium pesava 560 kg e foi lançado em 1997. A Nasa acredita que ainda vai levar algumas semanas para conhecer melhor a magnitude da colisão. Mas as centenas de destroços já estariam sendo rastreadas. As agências espaciais monitoram dezenas de objetos no espaço rotineiramente. Cerca de 6 mil satélites já foram colocados em órbita desde 1957. "Sabíamos que isto poderia acontecer eventualmente", disse Mark Matney, cientista do Centro Espacial Johnson, na cidade norte-americana de Huston, considerando que "este tipo de colisões começará a ter mais frequencia nas próximas décadas". Os especialistas da NASA explicaram que já existiram outros casos de colisão no espaço mas apenas de pequenas partes de satélites.
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