Spread é um termo em inglês que em sentido amplo significa: extensão, amplitude, envergadura, vão de ponte etc. Em Finanças, o termo spread bancário é a diferença entre a taxa de captação e de aplicação, que fica em poder das instituições financeiras. Quanto maior o ‘‘spread’’, maior o lucro dos bancos. No Brasil, o spread é elevadíssimo. Atualmente, os bancos de primeira linha conseguem captar dinheiro com taxas de aproximadamente 19,50% ao ano e emprestam a clientes de primeira linha a 61,20% anuais, com ‘‘spread’’ de 41,70% ao ano. No cheque especial, as taxas médias alcançam 160% ao ano; no crédito pessoal, 84,70%; para compra de veículos, 42%. O principal motivo é que as instituições financeiras não estão realmente interessadas em emprestar para tomadores finais pessoas físicas ou jurídicas. O governo toma recursos no mercado a taxas em torno de 19% ao ano, sem risco algum para as instituições. Dificilmente empresas e muito menos pessoas físicas conseguem retornos superiores a 19% ao ano em seus negócios. Quem toma recursos nessas condições corre sério risco de quebrar; e realmente quebra, elevando a inadimplência. Os bancos, para compensar essas perdas, cobram taxas de spread elevadas, tornando o crédito no Brasil proibitivo. Enquanto na Alemanha se destinam recursos da ordem de 123% do PIB (Produto Interno Bruto) para o crédito, no Brasil são destinados apenas 26,8% do PIB. A média mundial é de 80% do PIB. Nos países desenvolvidos, os tomadores finais conseguem crédito com taxas de juros anuais que variam de 2% a 8%. A política monetária praticada pelo Banco Central do Brasil é extremamente, apertada. Os bancos são obrigados a recolher 45% dos depósitos a vista dos clientes do Banco Central; o governo quer que a oferta de dinheiro seja limitada, pois teme que muitos reais circulando na economia gerem inflação.
Pitaco:
Se os bancos se contentassem com 100 ou até mesmo 200 por cento de lucro, ainda assim seria uma espécie de agiotagem. Mas não precisa ser economista para saber que esta extorsão legalizada, que tem o aval do Banco Central e por conseqüência do governo é criminosa. Ela é legal, mas não é moral. Se a gente aplica um ‘troquinho’ dificilmente se consegue 1 por cento e se consegue, tem IOF, Imposto de Renda e etc., íquido sobra muito pouco. Mas se por ventura a gente precisar tomar dinheiro emprestado é só conferir no texto acima. Os bancos, como o Real por exemplo, estavam cobrando mais de 8 por cento ao mes, ou seja, mais do que a Caderneta de Poupança paga por ano. Isso é roubo, isso é imoral, isso é safadeza, sacanagem. E ainda tem gente achando muito bom o governo do presidente ‘marolinha’.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
O que é spread bancário? Ele é alto, baixo ou justo no Brasil?
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