quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pesquisa reflete o medo dos suecos terem suas casas assaltadas

Se a pesquisa fosse feita aqui no Brasil o resultado seria considerado normal, por que afinal de contas nós vivemos um caos social sem precedente há um bom tempo. O medo já faz parte do nosso cotidiano, praticamente nos acostumamos com ele. Aqui morre diariamente mais gente do que em países que estão em estado de guerra. Mas as informações vêm da Suécia, um país merecedor típico daquilo que se convencionou chamar ‘primeiro mundo’. A Suécia é um exemplo de país evoluído, cultural, social e financeiramente de acordo com o mesmo conceito mundial de classificar os países como o Brasil, por exemplo, como de ‘terceiro mundo’. Os critérios (tradução: achômetros) são além de injustos um tanto quanto escusos, por que enquanto os nossos problemas sociais rendem manchetes internacionais e críticas de toda a ordem, as mazelas dos ‘primeirosmundistas’ são jogadas pra baixo do tapete. Assim foi com Estados Unidos, Inglaterra, França e outros menos votados. Agora os suecos chegaram a um ponto que não tem mais como esconder seus aborrecimentos e inseguranças crescentes. A pesquisa feita pelo jornal Helsingborgs Dagblad mostra o quanto as pessoas lá estão medo de verem suas residências sendo assaltadas. Mais de 60% da população demonstrou estar preocupada com a possibilidade de ver sua integridade física ameaçada, sua privacidade invadida pela criminalidade que não para de crescer. Por outro lado a maioria da população é favorável à adesão do país ao Euro, pois a Coroa, moeda local, está em queda livre há um bom tempo. A Suécia foi um dos países que se recusou usar o Euro que é a moeda oficial da Comunidade Econômica Européia. A crise mundial é grande e irá revelar um lado obscuro que até pouco tempo atrás seria uma grande tolice se imaginar que pudesse existir nesses redutos privilegiados. Mas a verdade é que muita coisa vinha sendo camuflada pelos ditos ‘paraísos do primeiro mundo’ que vivem mais de aparências, simulando uma realidade que parcialmente não existe. Para quem sonha um dia morar fora do Brasil é bom pensar que é preferível conviver com problemas conhecidos com os quais até mesmo nos acostumamos, do que encarar novas situações e termos que forçosamente conviver com elas. A pior reflexão é aquela: “Eu era feliz e não sabia.”

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