domingo, 14 de dezembro de 2008

Nadador Michael Phelps revela em livro paranóia da Olimpíada

Com apenas 23 anos, Michael Phelps conseguiu entrar para a história das Olimpíadas. Em Pequim, conquistou oito medalhas de outro, tornando-se o maior atleta olímpico de todos os tempos. Mas a passagem de Phelps pela China não foi marcada apenas por glórias e conquistas, o nadador americano também teve que enfrentar momentos de paranóia. Em seu novo livro, No Limits: The Will to Succeed (Sem Limites: a vontade de vencer), Michael Phelps revelou diversas situações de tensão e nervosismo durante a competição. Uma cena que era muito comum de ser vista nos arredores do Cubo D’Água era o técnico de Phelps, Bob Bowman, segurando uma garrafinha de água na mão. O problema do treinador, porém, não era a boca seca de nervosismo e sim um medo de que alguém colocasse veneno nela, para frear o sucesso do nadador. "Estávamos paranóicos. Bob ficava sempre perto da minha garrafinha de água. Assim, tínhamos certeza absoluta que ninguém faria algo incrivelmente estúpido como tentar me envenenar", escreveu Phelps no livro, lançado nos Estados Unidos nesta semana. Na publicação de 200 páginas, Phelps conta seu temor em não conseguir bater o recorde de medalhas de ouro. Segundo ele, o momento mais crítico aconteceu na final do revezamento 4x100 metros livre. Nessa prova, ele foi o primeiro a pular na piscina, marcando o terceiro melhor tempo da distância. Porém, quando o último membro da equipe, Jason Lezak, pulou na piscina estava a meio corpo atrás do francês Alain Bernard. "Bernard cometeu um erro estúpido. Depois da virada, ele não nadou no meio da raia, mas acabou desviando para a esquerda. Isso significou que Lezak, que estava à esquerda, podia se aproximar com mais facilidade. Bernard estava fazendo o trabalho mais difícil e Jason aproveitava para preparar o ataque", disse. O livro ainda reserva espaço para o humor e descreve momentos curiosos vividos por sua família em Pequim. Em uma das competições, a irmã de Phelps, Whitney, conseguiu arrumar briga com uma alemã, que pediu para que a menina sentasse para ela assistir à prova. "Eu estou assistindo meu irmão e vou continuar de pé. Você terá que me tirar à força se quiser mesmo que eu me sente", disse a irmã gritando para convencer a mulher. Além dos relatos referentes aos Jogos, Phelps também conta sobre sua vida pessoal, como a conturbada relação com o pai, a detenção na polícia por embriaguez e ainda sobre o dia em que foi diagnosticado com déficit de atenção. Esse não é o primeiro livro de Michael Phelps. Em 2005, o nadador lançou uma auto-biografia, Michael Phelps: Beneath the Surface.

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