domingo, 14 de dezembro de 2008

Governo diminui imposto de renda para a classe média, mas alívio não passa de 90 reais

Além das mudanças no IR, o governo também confirmou um corte no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis. Os veículos com motores de potência 1.0, mais básicos, que hoje têm imposto de 7%, terão IPI zero. Para carros com motores até 2.0, o imposto cai de 11% para 5,5%, mas os automóveis de luxo, com motores acima de 2.1, permanecerão com alíquota de 25%. Mantega informou que as mudanças valem a partir desta sexta-feira. "Amanhã, quem comprar um carro já terá a isenção", confirmou o ministro. Ao lado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Mantega confirmou a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida que também entrará em vigor nesta sexta-feira. O porcentual sairá da casa dos 3% ao ano para 1,5% ao ano. Em cima desta alíquota ainda continuará incidindo mais 0,38%, valor usado para cobrir parte das perdas na arrecadação com o fim da CPMF. "Em janeiro aumentamos esta taxa do IOF porque estava havendo o aumento do crédito, e nós queríamos reduzir a expansão do crédito. Agora, estamos revendo esta medida", afirmou o ministro durante a entrevista coletiva. Pelas contas apresentadas pelo ministro da Fazenda, o impacto da redução do IOF no spread cobrado pelos bancos (formado pela diferença entre o juro do crédito e o custo de captação dos recursos) será de 4 pontos porcentuais. Com a publicação da medida, Mantega espera uma redução dos juros bancários. O ministro disse ainda que no primeiro momento da crise o medo das instituições financeiras elevou as taxas de juros praticadas, mas o País registra a retomada do volume de crédito à normalidade, o que deve reaver uma redução não só do IOF, mas das taxas de juros para reativar a economia. Questionado do prazo para entrada em vigor da redução, Mantega afirmou que nos bancos públicos a queda será imediata. A mudança, segundo o ministro, não tem validade e representará uma renúncia fiscal de R$ 2,5 bilhões por ano.

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