Opinar é sempre sugerir polêmica, mesmo que não seja essa a intenção de quem emite um determinado conceito. Quando manifestamos nosso ponto de vista com relação às eleições nos Estados Unidos, levamos em consideração apenas e tão somente, a postura coletiva de um povo que tradicionalmente valoriza o passado antes de votar em seus candidatos. Os motes, a estratégia de marketing e é claro, muitos milhões de dólares criaram em dois anos um herói nacional, sem um histórico justificável para todo esse oba-oba, que contagiou a maioria norte americana e grande parte do mundo. O bombardeio midiático regado a muito dinheiro, as palavras previamente estudadas, os gestos, a encenação toda chegou mesmo a contagiar, até quem não tinha nada a ver com o pleito. No Brasil foram feitas votações para saber qual candidato gozava de maior prestígio. Prevaleceu como lá, a estampa de um negro alto, magro, bem falante, sorriso largo, tom de voz convincente, de origem humilde e é claro com boa dose de sofrimento, para dar o tempero ao personagem. Contra ele, um senhor já na terceira idade, gordo, baixo, com certa dificuldade em se expressar, tendo apenas como aspecto positivo, um passado de herói militar, que foi neutralizado por sua imagem estar extremamente ligada a do atual presidente. Foi covardia. Dinheiro e marketing em condições generosas transformam qualquer pato feio em cisne. O mais grave é saber se a capacidade do eleito é compatível com a importância do cargo. Não estamos falando do Havaí ou da Venezuela, onde qualquer administrador com pouca experiência e bem intencionado é capaz de gerenciar. Estamos falando da maior nação do mundo em quase todos os sentidos. Há quem diga que os EUA viveram nessas eleições o mesmo que o Brasil há anos atrás, quando elegeu o seu ‘caçador de marajás. Tenho simpatia por essa forma de ver os fatos, mas isso só o tempo poderá confirmar ou não. E sem essa de racismo ou preconceito. Cor da pele não determina capacidade ou competência e a democracia prima pela liberdade de opinião.
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