Os nove sobreviventes de um acidente de avião ocorrido no sábado na Cordilheira dos Andes, no sul do Chile, consideraram canibalismo para sobreviver durante os cinco dias em que ficaram presos nas montanhas, segundo declarações à imprensa. "Pensamos no piloto, não sei como dizer isso, mas em nos alimentarmos dele", disse Miguel Almonacid, um dos sobreviventes, ainda chocado. O piloto Nelson Bahamondes foi a única vítima faltal do acidente. Ele sobrevieu ao impacto inicial, mas acabou morrendo de hemorragia por causa de um ferimento na cabeça, dois dias depois. Os sobreviventes também contaram que o piloto, mesmo ferido, teria tentado passar instruções para o grupo. "Apesar de estar seriamente ferido, nos orientava a sair do lugar", contou um outro sobrevivente, Víctor Suazo. O avião Cesna 208 bateu em uma montanha na Patagônia, perto da cidade de La Junta, dez minutos antes da hora prevista para aterrissagem. Os sobreviventes passaram cinco dias dentro da fuselagem quebrada do avião, enfrentando temperaturas abaixo de zero, neve e tempestade. Eles contaram à imprensa que comeram biscoitos, leite em pó e grama, que beberam água deixada pela neve derretida para sobreviver e que fizeram fogueiras com suas roupas para tolerar o frio. Os sobreviventes começaram a ser resgatados na quarta-feira, depois de serem vistos por um helicóptero da Força Aérea. Devido às condições climáticas, o corpo do piloto ainda não havia sido resgatado na quinta-feira. Esse fato lembra os sobreviventes da queda de um avião nos Andes em 1972, que permaneceram dois meses vagando e comeram os corpos dos que haviam morrido para permanecerem vivos. O filme Vivos, de 1993, foi baseado na luta de 72 dias do grupo para sobreviver.
Um comentário:
É o intinto de sobrevivência, cada um por si e Deus para todos.
Att.
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