quinta-feira, 22 de maio de 2008

Austríacos querem reconhecimento de chimpanzé como 'gente'

Ativistas pelos direitos de animais em Viena, na Áustria, estão levando um caso para a Corte Européia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França, pedindo o reconhecimento do chimpanzé Matthew “Hiasl” Pan como “pessoa”. Hiasl vive em um abrigo para animais em Viena que está à beira da falência, mas um benfeitor ofereceu uma doação financeira com a condição de que o chimpanzé tivesse um guardião legal que decidisse sobre o dinheiro levando em conta os interesses do animal. De acordo com as leis austríacas, no entanto, apenas uma pessoa tem direito de ter um guardião legal, o que levou o abrigo a entrar com um processo de reconhecimento do status do chimpanzé como pessoa em 2006. Segundo o Abrigo de Animais de Viena (VGT na sigla em alemão), o caso foi rejeitado em todas as instâncias jurídicas austríacas “por questões técnicas”, e agora eles entraram com apelo na Corte Européia. Segundo o abrigo, Hiasl foi “seqüestrado” aos dez meses de idade em Serra Leoa por traficantes de animais que pretendiam vendê-lo a um laboratório farmacêutico na Áustria, mas foi salvo no aeroporto, junto a outros 11 chimpanzés filhotes, já que seus captores não tinham os documentos necessários para sua entrada no país. Ele foi entregue aos cuidados do Abrigo de Animais de Viena e viveu, um tempo, na casa de uma de suas funcionárias, que o criou junto a sua família. Outros nove chimpanzés foram entregues ao zoológico de Viena e morreram pouco depois. Mas Hiasl ainda vive, aos 26 anos, no abrigo. Por conta das dificuldades financeiras, o abrigo está ameaçado e Hiasl pode perder sua casa, a menos que, segundo os ativistas, consiga receber a doação. Em cativeiro, ele pode viver até 60 anos.

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