Site brasileiro quer mapear crimes no mundo
Um professor universitário brasileiro criou um site na internet para mapear a ocorrência de crimes em todo o mundo, com base em informações das próprias vítimas. O wikicrimes.org, criado pelo professor cearense Vasco Furtado, é um portal com mapa interativo onde as pessoas podem registrar crimes e, com isso, ajudar a identificar zonas com maior índice de criminalidade. Furtado acredita que seu projeto pode ajudar a população brasileira a mapear as áreas mais perigosas do país. Segundo ele, o Estado no Brasil “monopoliza” a informação sobre os delitos e os números são questionáveis. Além disso, muitas pessoas acreditam que não adianta reportar alguns crimes à polícia. “Cerca de 50% de alguns tipos de crimes não são denunciados”, afirma Furtado. “É uma forma que permite à população declarar ‘esta região é perigosa, aqui ocorrem crimes’. A informação é para o cidadão, que é quem decidirá o que fazer com os dados que considere relevante”, explica Furtado. A estatística publicada no site na manhã desta terça-feira (22), mostrava 615 casos registrados em Fortaleza, 66 no Rio de Janeiro, 64 em Campo Grande e 38 em São Paulo. Furtado acredita que estas informações fornecidas poderiam ser complementadas com dados policiais. No entanto, o professor disse que já convidou autoridades a colocar dados na página, mas não recebeu nenhuma resposta. O departamento de Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que tem a preocupação de não revelar dados que possam restringir o seu trabalho. Além disso, quer evitar criar uma sensação de insegurança à população. Não há como comprovar as informações publicadas no site, que depende da boa fé dos seus usuários. Para “denunciar” crimes na página, basta se cadastrar como usuário do site e clicar no lugar onde ocorreu o crime. Algumas informações serão solicitadas como dia e hora do crime, número de pessoas envolvidas e testemunhas.
Um comentário:
Nós temos um talento especial pra esse trabalho. Os brasileiros são os melhores mesmo. Seria um crime se não fossem. Somos um povo inovador... Graças a Deus!
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