Um grupo de médicos gaúchos de primeiro time está realizando um trabalho admirável: eles colocam um stent no pulmão dos enfisematosos e os portadores de enfisema têm uma melhora de 20 a 40 por cento.O Dr. Alexandre Diamante, muito gentilmente me colocou ao alcance desses cientistas e eles me pediram uma batelada de exames. Eu fiz alguns novos e aproveitei outros com menos de seis meses e remeti todos eles para Porto Alegre enquanto ficava aqui torcendo para me chamarem para a colocação do stent.
Hoje a Dra. Liliana – com quem eu sempre tratei, me ligou e disse:
- Sr. Francisco, eu tenho uma ótima notícia para o senhor.
(Ai eu quase desmaiei de alegria, porque estou já usando cadeira de rodas no aeroporto e nos lugares mais distantes, porque não consigo caminhar vinte metros sem precisar parar para dar uma respirada).
- Diga, Dra., qual é esta ótima notícia?
- O senhor não está suficientemente mal para receber o stent. É preciso atingir um estado de hiperinflação bem maior. Vamos, então, ficar no aguardo.
- Obrigado, então, doutora. Vamos torcer para eu piorar logo e então poder melhorar com o seu stent.
- Espero que não, que o senhor melhore e logo.
- Mas para melhorar logo, como é o seu desejo, só se me colocarem o stent.
- Mas para o stent o senhor ainda não está suficientemente mal.
Agora eu fiquei em dúvida sobre o que é melhor pra mim: piorar muito para colocar o stent e ficar bom ou ficar bom para não precisar do stent porque já estou bom?
E depois? Quem é que desmancha o nó da minha cabeça? Ou para isso ainda não têm um stent?
Texto extraido do blog do autor, o próprio Chico (Um gênio)
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