Os funcionários de restaurantes, bares e discotecas sofrem as conseqüências do contato direto com clientes fumantes. Eles inalam o equivalente entre 15 e 38 cigarros por dia. A conclusão é de um estudo científico feito pelo Instituto Universitário Romando de Saúde do Trabalho, na localidade de Cantão do Valais (sudeste da Suíça). Foram distribuidos mil e 500 pequenos captores de nicotina à população no início de 2007, durante uma campanha promovida pelo Centro de Informação e Prevenção ao Tabagismo (CIPRET). Seis meses depois, 630 captores foram devolvidos e submetidos à análise. Durante o estudo, praticamente todas as pessoas que usaram o crachá-captor foram expostas ao fumo passivo. O resultado mostrou que 5,7% tiveram uma exposição fraca (menos de 0,2 cigarros/dia), todos os demais com exposições mais ou menos forte, com doses equivalentes a 1 a 2 cigarros/dia até mais de 10 cigarros por dia bem abaixo de bares e demais casas de comércio publico. Os autores do estudo não escondem que o objetivo era "quantificar cientificamente a exposição da população ao fumo passivo para facilitar a proibição de fumar nos lugares públicos, especialmente na hotelaria e gastronomia". De acordo com os dados oficiais de 2007, 29% da população residente na Suíça são fumantes. Uma pesquisa recente feita pela Universidade de Zurique afirma que a maioria das pessoas entre 14 e 65 anos é favorável à proibição de fumar nos bares e restaurantes.
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