terça-feira, 6 de novembro de 2007

Um pouco de filosofia pessoal e lacônica

Diariamente a gente ouve frases definidas de como as pessoas vêem a vida sobre os seus mais diversos aspectos. As mais comuns ficam por conta da velocidade do tempo e sua devida importância para cada um. O envelhecimento, algo inevitável e que começa desde o dia em que nascemos, alimenta uma espécie de ansiedade mórbida onde as pessoas agindo de forma inconsciente acabam precipitando o final de um ano em curso e abreviando sem perceber, parte de suas próprias vidas. “O natal e o fim de ano estão aí” é uma dessas citações que fornecem um atestado de óbito antecipado ao ano. E normalmente vem na seqüência: “Pois é, e em seguida já vem o carnaval”, que está lá num futuro considerável, mas marra é arrastado ao presente. Essas citações do cotidiano sempre existiram, só não afetavam tanto como agora em que as mudanças aumentaram, se aceleraram e são constantes. O que é moderno hoje amanha será ultrapassado, obsoleto e como tal, substituído. E o amanhã, não é apenas força de expressão e sim o verdadeiro espaço de 24 horas correspondente ao que o dia tem. E dessa forma atingimos um estágio em que é praticamente impossível se conjugar o verbo acostumar, pelo menos não da forma como o conhecemos. Num curto espaço de tempo saímos do disco de acetato para o de vinil, daí para a fita cassete, desta ao CD, dele para pen-driver, e daí para sei lá mais o que, citando apenas um simples exemplo. Essa maratona anômala que sequer é compartilhada por um décimo da população segue em curso arrastando a tudo e a todos. Seu destino? O futuro, o infinito, a imaginação de cada um a ser definida certamente, através novas frases.

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