Você acha que os consumidores de drogas são responsáveis pela violência do tráfico?

O resultado de uma enquete publicado pela revista Época sobre a relação drogas e violência, mostra que a imensa maioria, mais de 90%, atribui aos consumidores a maior parcela de culpa pela violência. O que é lógico, pois se não houvessem consumidores, não haveria para quem vender. No entanto a mesma matéria parece querer encontrar bodes expiatórios para justificar nas entrelinhas o consumo.
Em vermelho o que a revista escreveu;
O consumidor garante o comércio, mas não é ele quem produz a violência. Drogas são vendidas no mundo todo. Nas ruas de Berlim ou Lisboa traficantes oferecem suas mercadorias para moradores e turistas. Mas vender a droga não implica dominar comunidades inteiras, como os chefões fazem no Rio de Janeiro. “Chegamos a esta situação devido à ausência do Estado nas favelas e também à corrupção policial, que apreende as armas de um traficante e revende para o outro”, diz a socióloga Julita Lemgruber, diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, da Universidade Cândido Mendes.
O que dá poder e armas ao que eles chamam de chefões que dominam as comunidades? Respondo: Dinheiro, grana, bufunfa e isso vêm através do consumidor. Querer culpar o policial corrupto, que é parte importante no contexto ou o Estado que é ausente, não diminui em nada o maior volume de culpa que é do usuário, sem ele o segundo maior culpado que é o traficante, fica sem ter o que fazer com a porcaria toda.
Culpar o consumidor está em desuso no Brasil. Pela legislação em vigor desde 2006, quem for apanhado consumindo será julgado num juizado especial, não mais criminal. A pena, que antes podia chegar a seis anos de prisão, agora é de prestação de serviços comunitários. O Brasil segue, assim, o pensamento predominante em vários países europeus, como Espanha, Portugal, Bélgica e Alemanha.
Em desuso pra quem “cara pálida”? Não poder culpar pode estar amparado por lei, mas será que reflete a opinião da maioria das pessoas? E mais, será que eles conferem o resultado da enquête que a própria revista esta fazendo? Aliás, (eu sou o rei do aliás) em blogs recomendados pela Época, como por exemplo O Escriba a maconha é propagada para quem quiser adquirir mudas e quem sabe iniciar a sua própria plantação. Eles disponibilizam o envio de sementes pelo correio além de uma série de informações pertinentes a Marijuana ou Cannabis Sativa. A verdade é que a droga mexe com interesses muito grandes, em que muita gente esta envolvida e nem um pouco interessada em saber se alguém esta tendo prejuízo moral, social ou econômico. Não importa se tem gente pagando com a própria vida em função da droga, desde que não sejam eles. O deputado maconheiro Fernando Gabeira é um dos ilustres defensores da “livre fumaça”, o que é normal, uma vez que ele está fazendo jus a fama do político brasileiro e legislando em causa própria.