quinta-feira, 25 de outubro de 2007

"A nível de menas côres" o português poderá morrer

É comum encontrarmos placas com erros de português, aliás, tem blogs “especializados” no assunto e é claro que não deixa ser motivo para a gente rir. Mas se aprofundarmos um pouco mais o assunto, vamos ver que isto é um problema constante e que aos poucos vai tomando maiores proporções. Ao mesmo tempo em que há uma invasão terrível de termos de outros idiomas, especialmente o inglês, a fragmentação da língua brasileira gera uma espécie de desvio etimológico rumo à ausência de identidade. Steven Roger Fischer lingüista norte americano que ficou famoso nos anos 90, por ter desvendado significado das inscrições da Ilha de Páscoa, declarou que o Brasil irá mudar de língua. Num exercício de futurologia, que eu chamaria de “chutômetro”, ele disse que em 300 anos, o Brasil estará falando um idioma muito diferente do atual. Devido à enorme influência do espanhol, é bastante provável que surja uma espécie de portunhol, já comum nas regiões de fronteira. Por exemplo: Batata inglesa é “papa”, subida ou ladeira é “repecho”, sonolência é “madorma”, papagaio ou pipa é "pandorga" e etc. Todos são termos incorporados ao dicionário de português, mas tem origem no espanhol e só são utilizados nas regiões fronteiriças. Somem-se a isso excessos de regras, ensino precário, dificuldades de acesso e o descaso com o idioma, e seremos obrigados a achar que ele tem razão. Ainda mais quando se vê um alguém falando “à nível de...” ou “menas cores” e por aí a fora.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que vou morrer sem saber todas as regras do português, pra piorar temos temos os "maneirismos" que nos atrapalha na hora de escrver um texto. Att