O caso Renangate só não é um desalento completo porque existem alguns poucos batalhadores da ética no Congresso Nacional. Na Câmara, a figura que sobressai sempre que aparece um escândalo é a do deputado Fernando Gabeira, do PV do Rio de Janeiro. Mesmo sabendo que ele não lhe daria ouvidos foi até o Senado e pediu para Renan tivesse um pouco de dignidade e renunciasse. No Senado, Pedro Simon, do PMDB gaúcho, e Jefferson Peres, do PDT do Amazonas, são referências constantes de um comportamento correto e íntegro. Outro é Jarbas Vasconcelos, do PMDB de Pernambuco que a semana passada chegou até a interromper sessão presidida por Renan dizendo que: “O que não pode é o Senado ficar sangrando e, mais do que isso, fedendo". E finalmente temos o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. No Conselho de (meio que sem) Ética do Senado, ele é uma das únicas vozes a exigir investigações sérias e denunciar as manobras para absolver sem apurar. Demóstenes Torres entende o que muitos senadores fazem questão de não ver que: “O Senado está se desmoralizando numa velocidade avassaladora”.
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