O pulso fica apoiado na mesa e o dedo indicador da mão se encarrega de dar os comandos através de cliques. Assim se estabelece a relação entre homem e computador. O mouse é o representante do usuário no espaço de dados formado por uma linguagem de zeros e uns, como explica o pensador do ciberespaço Steven Johnson, autor do livro Cultura da Interface. Qualquer atividade que envolva um computador é praticamente inconcebível sem o auxílio de um mouse. Em vez de teclar comandos obscuros, o usuário podia simplesmente apontar para alguma coisa e expandir seus conteúdos, ou arrastá-la através da tela – explica Johnson quando se refere ao começo do desenvolvimento do periférico. O mouse é tão presente nas atividades cotidianas que, com o conceito de Marshal McLuhan, filósofo e precursor dos estudos midiológicos, pode ser definido como uma extensão do homem. É como se a nossa mão mexesse em todos os documentos que estão no “escritório” do nosso desktop. Isso só é possível graças ao mouse. Mas a relação pode deixar de ter este intermediário, que será substituído pela própria mão humana. Uma equipe da Universidade de Brasília (UnB) projetou o mouse gestual, que reconhece movimentos da mão através de imagens capturadas por uma webcam. A palma da mão de frente para o monitor movimenta a seta do mouse em qualquer direção. Quando ela é fechada, representa o duplo clique. Na posição de perfil vertical, aciona-se o botão esquerdo. A posição em perfil horizontal representa o clique no botão direito explica o professor do Departamento de Computação da universidade, Marcus Vinícius Lamar.
Lamar, que é doutor em Engenharia Elétrica e da Computação pelo Nagoya Institute of Technolog (Japão), orienta o mestrando em Engenharia Elétrica pela UnB no projeto, desde a época que lecionava na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
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