O médico Ashraf Alhajouj, um dos integrantes da equipe médica estrangeira que ficou oito anos presa na Líbia sob a acusação de ter infectado crianças com o vírus HIV, disse que foi torturado na prisão. Em entrevista a uma emissora de TV holandesa nesta sexta-feira, Alhajouj disse que foi atacado por cães policiais e recebeu choques elétricos nos genitais. Afirmou que, antes de ser libertado pela Líbia, na última terça-feira, ele e as outras cinco enfermeiras búlgaras presas foram obrigados a assinar um documento dizendo que haviam sido bem tratados.O médico (que é palestino mas obteve cidadania búlgara no mês passado) e as cinco enfermeiras foram presos em 1999 sob a acusação de infectar com o vírus HIV 438 crianças em um hospital na cidade líbia de Benghazi. Em 2004, os seis foram condenados à morte e na semana passada, a pena foi transformada em prisão perpétua. Finalmente na nesta terça-feira da semana que passou, depois de anos de negociações, os seis prisioneiros foram libertados pela Líbia e enviados à Bulgária, onde receberam perdão pelo crime. O médico e as enfermeiras sempre haviam negado as acusações contra eles e dito que confessaram o crime sob tortura.
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