terça-feira, 4 de maio de 2010

Mostra destaca lado judaico dos heróis em quadrinhos

Se o Super-Homem pudesse passar da ficção à vida real, Hitler teria terminado seus dias num tribunal da então Liga das Nações, em Genebra e o campo de extermínio de Aushwitz jamais teria existido. É o que mostra a exposição "Heróis, monstros e super-rabinos: quadrinhos com cores judaicas", cuja abertura está marcada para o dia 8 de agosto no Museu Judaico de Berlim. A mostra apresenta mais de 200 desenhos originais, com Hulk, Batman, Super-Homem e o Homem Aranha, entre outras das figuras conhecidas todas desenhadas por descendentes de judeus. A idade de ouro dos super-heróis e por conseqüência das revistas em quadrinhos, teve início entre as décadas 30 e 40 do século XX. Muito antes dos Estados Unidos entrarem na guerra contra o Eixo nazi-fascista, Adolf Hitler e companhia já eram combatidos nas histórias em quadrinhos. "O objetivo da mostra não é fazer dos quadrinhos uma especialidade judaica", explica Anne Helene Hoog, curadora da exposição. "O ponto é indagar por que tantos desenhistas eram judeus e que assuntos os preocupavam". Em fevereiro de 1940, quase dois anos antes do ataque japonês à base naval de Pearl Harbor - que precipitou a entrada americana na Segunda Guerra Mundial -, Jerry Siegel e Joe Shuster desenharam um acerto de contras entre o Super-Homem e Hitler no gibi cujo título era "Como o Super-Homem acabaria com a guerra". Um mês depois, Jack Kirby (cujo verdadeiro nome é Jacob Kurtzberg) e Joe Simon criam uma história na qual o Capitão América desbarata um plano de invasão dos nazistas, aproveitando para aplicar uma magistral bofetada em Hitler na capa da revista.

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