quarta-feira, 10 de outubro de 2012

MIT cria câmera que fotografa através de paredes

Desenvolvida por cientistas do Massachussets Institute of Technology, a femto-photography consegue enxergar através de paredes
Uma câmera que consegue enxergar através de paredes, a partir da captura dos frames da luz. Pode parecer impossível, mas um projeto desenvolvido por cientistas do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT) criou um protótipo com esses atributos. Chamada de femto-photography, a câmera super rápida ultrapassa seu ângulo de visão por meio de um pulso de laser com apenas um trilhão de segundo de duração, que é usado como flash, capturando a luz do outro lado da parede e reconstruindo a imagem original em 3D. A capacidade da femto de atravessar paredes quando instalada em esquinas exigiu uma série de aperfeiçoamentos em relação às técnicas de detecção de pequenas partículas e de inversão matemática, o que criou o Projeto CORNAR, também do MIT Media Lab, que trabalha com a possibilidade de enxergar o que acontece do outro lado da rua. A luz viaja a uma velocidade de um pé/nanosegundo, e cada frame da câmera captura 0,6 mm de luz, o que permite que ela reproduza as formas de uma maneira bastante precisa. VEJA VÍDEO
A TECNOLOGIA AINDA É CARA 
Quando Andreas Velten tornou-se membro do grupo responsável pela criação da femto-photography, em fevereiro de 2010, o desenvolvimento da câmera estava na fase inicial. Segundo o cientista, a câmera ainda não está pronta para ser comercializada. "No momento, o projeto está fixado a uma grande mesa com tecnologia óptica que não pode ser removida, e não é seguro estar nesse ambiente sem óculos especial. O nosso plano futuro é construir um protótipo com um olho de segurança de aplicação especial à câmera, e transformá-lo em um produto final", explica. A tecnologia usada na captura das imagens feitas pela femto exige uma série de processos de estudo e processamento, apesar dos grandes avanços em relação ao desenvolvimento da comunicação e da computação ópticas nos últimos anos, em centros como o MIT. Segundo o cientista, o interesse na tecnologia é grande, mas ainda não há custo e prazo estimados para a sua comercialização, que dependerá dos parâmetros utilizados no produto comercial, como a resolução da câmera. Para se ter como base, o valor atual de instalação do laboratório no MIT onde a femto está sendo testada é de cerca de US$ 250 mil. "Provavelmente, a câmera deverá ser utilizada primeiramente na área de segurança, pois a tecnologia empregada nesse setor seria muito semelhante à dos nossos atuais experimentos, e o equipamento seria grande e caro. Uma possível aplicação poderia ser no caminhão de bombeiros", estima Velten.

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