“Quem procura acha.” Assim o pesquisador italiano Maurizio Seracini (à esq.) respondia, ao longo das últimas quatro décadas, quando tentavam desacorçoá-lo em sua busca pelo afresco A Batalha de Anghiari, do mestre renascentista Leonardo da Vinci (1452-1519). Na semana passada, no entanto, por detrás de uma parede falsa do Palácio de Florença, atual sede da prefeitura da cidade, descobriu-se uma pintura de Giorgio Vasari (1511-1574) – e, nela, uma pista incrível, digna dos gênios a intuírem a perenidade de seu legado artístico: há na pintura uma bandeira com o dito “quem procura acha”. Para Seracini foi a revelação, a sua máxima combinando com o escrito de 447 anos. Agora, a prova: encobertas pela obra de Vasari, existem em A Batalha de Anghiari imagens com pigmentos negros cuja composição química é compatível com os pigmentos de Mona Lisa. E assina Mona Lisa, claro, Leonardo da Vinci.
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