As fabricantes de refrigerantes Coca-Cola e Pepsi anunciaram que irão mudar suas receitas para eliminar o 4-metil-imidazol (4-MI). Estudos em animais mostraram que a substância, usada na obtenção do corante caramelo, tem efeitos cancerígenos. O alerta foi dado pelo CSPI (Centro para uma Ciência no Interesse Público, na sigla em inglês). Segundo o órgão, "novas análises químicas descobriram que Coca-Cola, Pepsi-Cola, Diet Coke e Diet Pepsi contêm altos níveis de 4-metil-imidazol (4-MI), um conhecido carcinogênico animal." A CSPI havia pedido ao órgão norte-americano de saúde e alimentação, a FDA, para banir o uso da substância nos refrigerantes em Fevereiro de 2011, mas só agora o assunto gerou maior impacto público. A reação das empresas veio depois que o estado da Califórnia incluiu o 4-MI na lista de substâncias carcinogênicas. Para continuar a usar o 4-MI, as empresas teriam que adicionar ao rótulo um alerta de que continham uma substância potencialmente cancerígena. As análises indicam que as latas de de Coca-Cola contêm entre 142 e 146 microgramas de 4-metil-imidazol, enquanto as de Pepsi contêm entre 145 e 153 microgramas, tanto nas versões normais como nas diet. Os estudos em camundongos e ratos associaram a substância aos cânceres de pulmão, fígado, tireóide e leucemia. Para evitar o rótulo, ambas anunciaram que vão mudar suas fórmulas para se adequar à leis da Califórnia, e demais estados dos Estados Unidos. Ainda não está claro como seguirá o processo produtivo dos refrigerantes em outros países, incluindo o Brasil, onde a substância ainda não é listada como cancerígena.
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