Quando foi morar na Áustria, a desenhista industrial Gisele Moura da Silva já conhecia esportes de inverno. Mas estranhou ver, nas ruas, pessoas apoiadas em bastões semelhantes aos usados no esqui, até mesmo no verão. É o ‘nordic walking’, ou caminhada nórdica, modalidade a qual ela aderiu, e que chega agora ao Brasil. Criada na Finlândia para treino de esquiadores fora de temporada, a atividade trabalha resistência, força do tronco e dos braços e traz os benefícios da caminhada. "Aqui na Europa é mania", diz Gisele. "Tonifica o corpo, melhora a respiração e reduz o impacto do pé no chão." Ela, que volta a morar em Brasília em 2012, pretende retomar a caminhada nórdica em solo brasileiro. "Dá para pegar bastões telescópicos, acoplar na mochila e usar na volta a pé do trabalho." Aqui em São Paulo, Cida Conti, personal e diretora da Escola Fitness, organiza workshops de capacitação na modalidade. Ela explica que os bastões não servem como apoio, mas como impulso. "São empurrados em diagonal para trás; à medida que impulsionam o corpo, aumentam a amplitude da passada, envolvendo a musculatura de tronco e membros superiores, o que não ocorre na caminhada normal." Testes comparativos entre caminhada nórdica e convencional mostraram que a primeira gera 20% a mais de gasto calórico, podendo chegar a 46% com prática contínua. O estudo, feito com 11 homens e 11 mulheres, foi publicado pelo Cooper Institute (EUA), que é uma referência em pesquisas nessa área. O ideal é iniciar o treino com acompanhamento.
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