O desempenho na Bovespa neste ano é o 22º pior entre todas as bolsas de valores do mundo, mas está atrás de países que enfrentam dificuldades econômicas, segundo levantamento de Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, agência classificadora de risco de crédito. O pior desempenho em 12 meses é da bolsa do Chipre, que acumula perdas de 76%. A Grécia fica na segunda colocação, com perdas de 52,6% no período. Já a bolsa brasileira perdeu 19,8%. Agostini aponta que, entre os 21 países que estão antes do Brasil, ao menos 16 deles estão na Europa, ou seja, no olho do furacão da crise atual. Os demais são: a Argentina, Egito e Quênia, que estão com problemas políticos, e Bangladesh e Hong Kong que sofrem a “contaminação” do mal humor dos investidores com a China e são mercados menores, com pouca liquidez. “Os investidores “apostaram” muito no Brasil nos últimos anos e agora, diante de problemas externos ou nos países de origem, esses investidores estão com a necessidade de retirar boa parte da “poupança” que fizeram no Brasil para ter que cobrir as perdas na Europa e ainda se prevenir de possíveis novas perdas no velho continente”, afirma o economista. Por isso, para ele, a melhora no desempenho da Bovespa depende da melhora no cenário europeu. “A expectativa é que o Brasil volte a receber recursos desses investidores na medida em que a Europa consiga se reconstruir financeiramente, visto que as empresas aqui no Brasil continuam apresentando lucro médio de dois dígitos e o PIB deverá crescer entre 3% e 3,6% em 2011 e 4% em 2012”, afirma Agostini.
RATING: É uma opinião sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos financeiros. A avaliação é feita por empresas especializadas, chamadas agências de classificação de risco.
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