segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mãe argentina apela por ‘morte digna’ para a filha de dois anos

Uma professora argentina fez um apelo para que sua filha de 2 anos de idade, em estado vegetativo desde que nasceu, possa ter uma "morte digna". Selva Herbón, 37 anos, afirma que sua filha Camila, de dois anos e três meses, está em um estado vegetativo permanente desde que nasceu. Durante o parto, Camila ficou um período sem receber oxigênio, o que pode ter provocado danos cerebrais. A professora enviou uma carta na semana passada aos deputados do país pedindo a aprovação de projeto de lei que permita "a morte digna" de Camila. Herbón escreveu que a situação da menina é “irrecuperável e irreversível”, mas que existe um “vazio legal” na legislação atual que impede a retirada dos aparelhos que a mantém viva. Na carta, a mãe diz ainda que especialistas de quatro lugares deram parecer favorável a “limitar o esforço terapêutico e retirar o suporte vital” da criança. Ela diz, porém, que nenhum médico quer se arriscar a desligar os aparelhos, já que o fato, com as leis atuais, seria definido como “homicídio”. Selva e seu marido, Carlos, são pais também de uma menina de 8 anos, saudável. “Na minha condição de mãe, eu lhes suplico, a partir do meu caso e de muitos outros, que seja aberto o debate (no Parlamento)”, afirmou na carta. Para o assessor de Bioética da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, Juan Carlos Tealdi, o estado da menina é “irreversível”, mas na sua opinião, os médicos “têm medo de ser processados” pela Justiça. Na Argentina, duas províncias, Neuquén e Rio Negro, sancionaram recentemente leis que legalizam a eutanásia também chamda de “morte digna”.

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