sábado, 20 de agosto de 2011

Governo usa turismo como isca para cobrar 'taxas especiais'

Paisagens deslumbrantes são eficientes armadilhas para que os turistas abram suas carteiras e ajudar na conservação da natureza aumenta a generosidade dos visitantes. Com essas iscas, locais de preservação ambiental em vários pontos do Brasil estabeleceram taxas especiais, que deveriam ser revertidas para fins ecológicos. O problema é que o dinheiro acaba servindo para custear serviços públicos comuns. Um exemplo está no arquipélago de Fernando de Noronha, onde as 60 mil pessoas que visitam o local todos os anos pagam uma tributação imposta pelo governo pernambucano. O dinheiro é usado no calçamento das ruas, na coleta de lixo e em despesas com pessoal, serviços para os quais já existem outros impostos. E vai piorar, pois a partir do próximo ano o governo federal é quem irá cobrar a conta de quem for mergulhar no mar de poluição zero de Noronha, que vai ficar mais caro. O acesso fechado e pago também funciona em Ilhabela (SP) que recebe 2 milhões de turistas por ano e cobra 5 reais. Em Morro de São Paulo (BA) o turista anda duas horas de catamarã para chegar a ilha de Boipeba e la paga 10 reais. Vários destinos no Brasil planejam fazer o mesmo. A taxa diária atual em Fernando de Noronha é de 40,40 reais e vai passar para 65 aos brasileiros. Para estrangeiros o’ ferro’ é bem maior, somente o dobro, 135 ‘mangos’. “Esse custo acaba espantando os turistas, que preferem muitas vezes ir para o Caribe”, protesta Francisco Ferreira da Silva, dono de uma pousada local.

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